Os idosos ganham cada vez mais autonomia e empoderamento e se configuram como o grupo de maior consumo no País
Segundo o Contador Populacional 60+, no dia 1º de setembro de 2019 o Brasil tinha 34.186.000 habitantes com 60 anos de idade ou mais. Esta marca chega alguns anos antes do que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) projetava há uma década. Atualmente, o Brasil tem mais de 28 milhões de pessoas nessa faixa etária, representando 13% de toda população do País. Dados do IBGE mostram que, entre 2012 e 2018, houve um crescimento de 26% de idosos. Em 2035 o País terá 48 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que representará 21% da população. “Seguindo o curso demográfico, em 2029 a população 60+ será maior que a de zero a 14 anos, de acordo com o Ministério da Saúde, o que tecnicamente declara o Brasil como um país envelhecido”, declara o fundador SeniorLab mercado & consumo 60+ e diretor do Aging2.0 Brasil, Martin Henkel.
Ter uma população idosos numerosa é um fator de comemoração e orgulho. O professora da disciplina de Cardiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dr. Jairo Lins Borges, diz que isso se deve ao desenvolvimento do País. “Essa é uma característica interessante. O País vai ganhando idosos à medida que a condição sociocultural e econômica vai melhorando. Estamos longe de termos um país desenvolvido, mas há desenvolvimento.
Com maior longevidade, autonomia, qualidade de vida e independência econômica, os idosos estão revertendo algumas regras atuais da sociedade. Está marcado o fim de uma era em que velhice é sinônimo de doença, solidão e dependência. Eles têm muito mais dinheiro – e disposição – para gastar, e vão se transformar na maior força econômica do mercado consumidor.